quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Comentando com tristeza e revolta a respeito do estado de coma em que atualmente se encontra nosso país.

Comentando com tristeza e revolta a respeito do estado
de coma em que atualmente se encontra nosso país.

Louis Frankenberg, CFP® 25-02-2015.
Abro um tradicional jornal de ontem 25/2 e, imediatamente, sou envolvido pela podridão, fedor e mar de lama da corrupção e malversação dos dinheiros públicos.
E nos certamente acabaremos pagando  mais tributos devido a roubalheira dos outros que nem mesmo vão para a prisão. Nada lhes vai acontecer!
Pergunto para mim mesmo aquilo que  todos os demais cidadãos de bem devem igualmente estar a perguntar; até quando este estado de absoluta inércia no combate à enorme anormalidade institucional perdurará? 
Parecem que policiais investigativos da P.F. dando nomes aos bois nada valem em relação a juízes complacentes que anulam as prisões de quase todos os larápios, de colarinho branco que são denunciados.  
Quanto tempo ainda levará para que um verdadeiro salvador da pátria, respeitado por nos todos, com autoridade, incorruptível e absolutamente ético e sensato se levanta e diga “BASTA”!  Fim de brincadeiras com nosso país!
Estou convencido que entre os 202 milhões de brasileiros se encontram pelo menos uma dúzia desses cidadãos sem mácula em que possamos confiar cegamente.
Será que aqui não existe mais nenhum órgão governamental limpo, decente e inimigo mortal da roubalheira, empreguismo, desperdício, disposto a trabalhar em prol de um Brasil mais organizado, menos burocratizado, ou seja, mais justo?
E não me refiro somente aos órgãos e entidades federativas, pois o sistema todo, estados, municípios e autarquias estão igualmente falidos e irrecuperáveis sem mudanças radicais e orgânicos. 
Vejam apenas uma pequena amostra dos cabeçalhos das páginas do jornal de ontem 25/2 aos quais estou me referindo:
Crise faz Petrobrás perder o grau de investimento, Protesto de caminhoneiros em 12 estados afeta comércio, Juiz é flagrado com Porsche de Eike e virá alvo de sindicância (Juiz? Será que li direito? Não é possível!), Doleiro afirma que Collor recebeu R$3 milhões e ações do Lava Jato ultrapassam duas dezenas e reforçam tática da acusação.
Um dos editais em letras garrafais diz textualmente;
Dilma fraca e o PT medíocre. (os predicados utilizados para Dilma e PT são apenas “fraca” e “medíocre”). Não deveriam ser “calamitosa” e “indecente”? 
Parece que nenhum jornalista encontra os vocábulos mais apropriados para expressar nossa enorme indignação.  
Confesso que raramente leio os editoriais dos jornais que são todos escritos por colunistas de renome, zelosos e cuidadosos para não ofender ninguém e preferindo fazer uso de palavras amenas e palatáveis em nossos órgãos de imprensa mais tradicionais. 
Para estes colunistas o que conta nos textos produzidos é utilizar-se de um vernáculo perfeito digno de   acadêmicos  ou seja para não encontrarmos nenhum defeito, nenhuma mácula!
Preferem não ofender ninguém! ( ou têm medo de serem substituídos...?) 
Lembro ainda do meu tempo como articulista autônomo por seis anos da revista Exame, no qual meu revisor quase sempre emendava trechos em que eu afirmava categoricamente algo que aos meus olhos e paladar não estava certo e tentava expressar isto no texto produzido.
Eu proclamava desenibidamente meu protesto, e o tal de revisor então incluía antônimos que parcialmente suavizavam o que eu havia escrito claramente, isto quando não retirava todo o parágrafo!
Eu não deveria ofender ninguém... Acontece que sou de origem europeia e estamos acostumamos a dizer o que pensamos, com todas as letras e não ficamos rodeando e expressando-nos por metáforas!
Foi esta uma das principais razões para que há cinco anos eu começasse a escrever este blog que vocês estão lendo neste  preciso momento.  Faço questão em não ser censurado e escrever o que penso!
Vocês, caros leitores, sabem quais as partes de um jornal que mais gosto de ler?  Aquelas em que pessoas comuns fazem reclamações a respeito de produtos ou serviços ou alternativamente e em poucas palavras expressam suas opiniões e indignação, em relação aos acontecimentos quotidianos. 
São comentários escritos com alma e paixão por gente ofendida proclamando justiça ou reivindicando algo que lhes foi negado. 
É assim que   expressam e conseguem difundir suas insatisfações!
Volta e meia me pego imaginando de que maneira eu, caso fosse dirigente ou autoridade máxima, resolveria inicialmente alterar as regras desse complexo jogo que deveriam tornar nosso país um exemplo de república democrática e justa.  
É apenas um pensamento fugaz, pois não me sinto capacitado a desempenhar tamanha e hercúlea tarefa.
Eu começaria escolhendo, quem sabe de 2.000 a 3.000 pessoas de todas as partes do país, de todas as profissões, porém todas absolutamente profissionais, altamente qualificadas cada uma em sua área, notáveis e  sabidamente éticas e criaria um partido novo. 
Seriam eles os líderes máximos  quando eleitos e, a partir de suas elevadas qualificações específicas, iriam preenchendo as demais vagas em todos os níveis hierárquicos , sempre com critérios semelhantes aos deles mesmos.
Este núcleo de gente deveria jurar perante nossa Constituição de que jamais aceitariam corrupção, nem corruptores ou negociatas e seriam absolutamente fieis a princípios  éticos  e profissionais em todas as circunstâncias e acima de   mesquinhos interesses particulares.
Entre estes notáveis também se escolheriam juízes que não tolerariam nada que fosse contra as leis e aprisionassem os faltosos por tempo suficiente para que antecipadamente pensassem duas vezes ao cometerem crimes sociais, econômicos ou financeiros.
Os novos legisladores ( e nada de  políticos profissionais) seriam também escolhidos a dedo para que as regras constitucionais fossem reformuladas e simplificadas e para que advogados e defensores dos eentuais faltosos não tivessem possibilidades de escaparem de suas penas quando pegos em flagrante.
“Chicanas” praticado exaustivamente em nosso país por advogados (muitas vezes coniventes) é a denominação que se dá a estas malandragens jurídicas usadas hoje em dia.
Partidos políticos deveriam existir, mas com programas definidos e não adaptados às circunstancias e alteradas constantemente de acordo com interesses de grupos  específicos.
Sonho com um Brasil no qual  alguns   amigos meus conhecidos não cogitem   eventualmente, a mudarem para outro país. Quero que meus descendentes tenham a oportunidade de viver com verdadeira ordem e progresso e não apenas inscrito na nossa  bandeira.  Será que ainda vou presenciar esta mudança  com a qual sonho?

Louis Frankenberg, CFP® 26-02-2015
E-mail; perfinpl@uol.com.br ou lframont@gmail.com
Blog; www.seufuturofinanceiro.blogspot.com 

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