segunda-feira, 21 de junho de 2010

Porque você deve contribuir com a previdência oficial, INSS

Leve em consideração a experiência de um planejador financeiro pessoal .

Acredito que você que me lê deve ser jovem, talvez até já tendo atingido(a) os 40 anos de idade, mas ainda trabalha e obtém seu próprio sustento e talvez também o de sua família.

Como já deve ter percebido(a), uma das razões da existência deste meu blog é transmitir com honestidade de propósitos a minha experiência de muitos anos, praticando o planejamento financeiro pessoal, sem segundas intenções e a maior transparência possível.

A seguir abreviadamente descrevo o que verdadeiramente ocorreu a inúmeros dos meus clientes que contribuíram como autônomos ou funcionários de empresas durante muitos anos com montantes maiores ou menores ao Instituto Nacional de Seguridade Social, nosso conhecido INSS.

A verdade deve ser dita que alguns deles, (incluindo-me também nesse grupo), não acreditavam em, por tanto tempo contribuir com montantes regulares e mensais para com a previdência oficial e, conseqüentemente, quando lhes era possível, o evitavam. Essas pessoas eram extremamente críticas ao sistema INSS e algumas vezes se recusavam a pagar as contribuições mensais.

Quando se trabalha há tantos anos com a pessoa física como eu, é óbvio que muitos clientes homens, já não se encontram mais entre nós vivos ou seja já faleceram.

A grande maioria daqueles homens eram formalmente casados ou não, e deixaram viúvas ou companheiras de luto, lamentando-lhes a morte. Alguns faleceram prematuramente por doença ou acidente, outros com idade mais elevada.

O fato é que, estatisticamente, nós homens vivemos em média de 6 a 8 anos menos que nossas companheiras. Felizmente no mundo e em nosso país também, a moderna medicina preventiva tem esticado nossa vida média para bastante além dos 74 anos. Caso você se cuida, tem boa instrução (e tira inteligente proveito dela), se alimenta saudavelmente, pratica esportes ou faz regularmente exercícios, tenta se estressar o menos possível (nada fácil!), você tem toda a probabilidade de atingir 85 até 90 anos ou mais!

Mas hoje meu objetivo não é fazer a apologia da longevidade e como atingi-la.

Ocorre que quando se pratica o planejamento financeiro com profissionalismo e dedicação, por tantos anos, e recordando os muitos dos meus clientes que já faleceram, e que por sua vez deixaram viúvas devido a doenças e, algumas vezes também ocasionadas por acidentes fatais, pode-se falar com autoridade.

Lembro também com tristeza os casos de menores dependentes que passaram a lamentar a perda de um papai. Inúmeros desses meus clientes eram executivos com cargos elevados em empresas de renome, mas também comerciantes, industriais, profissionais liberais como médicos, dentistas, engenheiros, advogados e até banqueiros ou pessoas ligadas ao mercado financeiro.

Devido à profunda confiança conquistada após inúmeros anos de convívio com aqueles clientes, as viúvas também se voltavam a mim pedindo para eu ajudá-las a equacionar financeiramente suas vidas. Quase sempre eu já conhecia a maioria das aplicações financeiras e situações patrimoniais da família e isso ajudava em muito a minha tarefa.

Mas nem sempre a situação era tão simples assim por diferentes razões.

As poucas mas importantes questões que desejo realçar, são as seguintes:

Relato tudo isso para que você pense a respeito delas, pois alguém que você ama e quer tanto bem, pode tornar-se vitima de sua falta de previsão ou da falta de tomada de decisões acertadas antecipadamente quando tudo ainda corre bem em sua vida.

Lembre que acontecimentos imprevistos, doenças e mortes não acontecem somente aos outros. A vida é frágil e também o mundo comercial e financeiro podem pregar muitas peças a nos mesmos e aos nossos entes queridos.

  • Uma grande parcela dos meus clientes sobreviventes, independente do valor do patrimônio e rendas que possuíam antes, passaram a contar com a pensão do INSS como fonte fundamental e às vezes única para seu continuado sustento. Algumas dessas viúvas, lembro tão bem, somente contavam com esta única fonte de renda!
  • É muitas vezes esquecido pelas pessoas que o INSS alem de ser uma futura fonte de renda na aposentadoria e de pensão (quando a viúva ou dependente recebe o valor), que a contribuição mensal também serve para o próprio contribuinte e sua família receber assistência médica, ambulatorial e hospitalar. Não se deve desprezar essa possibilidade, mesmo quando da existência de algum plano ou seguro complementar de saúde e que exclui algum tratamento mais raro ou sofisticado.
  • De vez em quando, a mídia em geral e articulistas (como eu próprio), colocam em dúvida a sobrevivência do INSS e suas injustiças (que de fato existem), mas o sistema até a presente data sobreviveu a todas as críticas e tem pago a subsistência de milhões de pessoas religiosamente e nas datas marcadas.
  • Como planejador financeiro cauteloso que sou, recomendo para aqueles que tem essa folga financeira, que também construam seus planos complementares de previdência privada com um ou mais grupos financeiros idôneos e de tradição de nosso país.
  • Sem dúvida alguma, existem muitas vantagens adicionais em possuí-los, pois enquanto você como pessoa física no decorrer dos anos vai perdendo sua vitalidade física e mental, um plano bem montado lhe dará em todas as circunstâncias um complemento financeiro que pode fazer diferença entre ter uma continuidade de vida espartana ou uma vida mais confortável.

Louis Frankenberg, CFP® - 21/06/2010

e-mail; perfinpl@uol.com.br e lframont@gmail.com

Blog; www.seufuturofinanceiro.blogspot.com

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